Vem aí, o Carnaval
O carnaval é uma festa popular coletiva que, de uma forma ou de outra, existe desde a Antiguidade. Os povos daquela época já costumavam comemorar a chegada da primavera ou o solstício de verão (o dia mais longo do ano). As celebrações variavam, mas sempre se caracterizavam pela intensa alegria e pela quebra de certas regras, como o respeito à hierarquia social.
Ao que parece, o carnaval provém diretamente das Saturnais romanas – festividades em honra ao deus do Tempo, Saturno. Toda a sociedade participava dessas comemorações, até mesmo os escravos. Nessas ocasiões, um soldado era coroado com o Rei Momo (na mitologia romana, Momo representava a crítica e a zombaria) e homenageado em todas as festas e banquetes. Mas, ao final das Saturnais, ele era sacrificado para mostrar que aquele período de prazeres era passageiro e havia terminado.
Existem várias interpretações para a origem da palavra “carnaval”. O mais provável é que ela derive da expressão latina “carne vale!”, que significa “carne, adeus!”. Isso porque, com o triunfo da religião cristã sobre o paganismo romano, foi determinado que as festas seriam encerradas na terça-feira que antecede a Quaresma – período de 40 dias que termina no Domingo de Páscoa e durante o qual os cristãos eram proibidos de comer carne de gado, de caça ou de aves.
Em seus primeiros séculos, a Igreja Católica se opôs aos festejos populares de origem pagã. Mas, depois, preferiu controlá-los em vez de combatê-los. Em 590, o carnaval foi reconhecido pelo papa Gregório I, porém o dia seguinte – a Quarta-Feira de Cinzas, que inicia a Quaresma – deveria ser dedicado ao arrependimento e à penitência.
Durante a Idade Média, o carnaval foi uma festa das camadas populares, cujos divertimentos incluíam muitas sátiras aos poderosos, sob a desculpa de que os foliões faziam papel de loucos (aliás, folia provém do francês folie, que significa loucura).
Hoje em dia, o carnaval praticamente desapareceu na Europa. Entretanto, ele se mantém firme e forte em certas regiões das Américas onde a cultura europeia se misturou com influências dos escravos africanos.
O mais importante desses carnavais é, sem sombra de dúvida, o brasileiro. No final do século XIX, os foliões cariocas começaram a se organizar para desfilar fantasiados no carnaval. Esses grupos, que eram os ranchos e os blocos, evoluíram para as escolas de samba atuais, algumas delas com milhares de figurantes.
As músicas carnavalescas brasileiras comportam muitos ritmos. Os mais conhecidos são a marchinha, o samba, o frevo (este, sobretudo, em Pernambuco), o maxixe e o axé.
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