Refletir, questionar e propor soluções: nos EUA, aluna do Objetivo participa das Simulações da ONU
Você já ouviu falar nas Simulações da ONU? São eventos acadêmicos que simulam as discussões e negociações dos órgãos da Organização das Nações Unidas. Estudantes do mundo inteiro assumem o papel de representantes de diferentes países e tentam resolver desafios globais, por meio do diálogo e da negociação. A experiência foi vivenciada por Victória Jhullia Carvalho Beserra, de 16 anos, aluna da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Objetivo Integrado.
Entre os meses de janeiro e fevereiro, Victória participou de duas das mais prestigiadas simulações do mundo, a Harvard Model United Nations (HMUN), que ocorreu em um hotel nas proximidades da Universidade de Harvard, em Cambridge (Massachusetts), e a Yale Model United Nations (YMUN), realizada na Universidade de Yale, em New Haven (Connecticut).
Os estudantes têm a oportunidade de serem reconhecidos por suas contribuições e desempenho nas delegações em que atuam. Ao final das apresentações, o delegado com maior destaque é premiado. No ranking das melhores atuações nas simulações de Yale, Victória brilhou ao se posicionar entre os sete primeiros de um total de 74 competidores. Em Harvard, ao competir em parceria, ela também obteve uma ótima colocação, figurando entre as oito melhores de 198 duplas.
“Participar de uma simulação é viver a adrenalina de um debate acalorado, em que cada palavra pode mudar o rumo das decisões. É sentir a responsabilidade de defender uma nação inteira e perceber que, mesmo jovem, sua voz tem poder”, comenta.
A aluna conta que percorrer os corredores da Universidade de Yale e debater em salas que já abrigaram alguns dos maiores líderes do mundo foi uma experiência “surreal”. Em Harvard, não foi diferente. Para ela, estar em uma instituição símbolo de excelência acadêmica foi um lembrete constante do poder transformador do conhecimento e da educação.
Para Victória, as simulações são muito mais do que eventos acadêmicos, “são autênticos laboratórios de sonhos e transformação. Elas representam a chance de viver a diplomacia na pele, de sentir a tensão de uma negociação internacional e compreender na prática como as grandes decisões mundiais são tomadas.”
Um mergulho nos desafios do mundo
Foram dias intensos, em que jovens mergulharam nos desafios do mundo real – discutindo pautas, apresentando propostas e votando resoluções.
Os organizadores do evento selecionam quais alunos representarão cada país, e cabe a cada delegação a tarefa de defender os interesses daquela nação. Para isso, os participantes devem estudar profundamente a política externa do país designado e construir argumentos para debater com delegados de outras nações. Victória conta que na YMUN representou o Chile e na HMUN fez parte da delegação do Reino Unido.
Durante os debates, os delegados trabalham na elaboração de resoluções, documentos que propõem soluções para os problemas discutidos no comitê. Essas resoluções seguem um formato específico, semelhante ao dos documentos oficiais da ONU, com cláusulas que detalham ações concretas a serem tomadas pelos países.
“Participar dessas conferências é mergulhar em um universo onde palavras têm poder, alianças definem futuros e cada decisão tomada pode impactar milhares de pessoas. Cada sessão nos coloca diante de desafios reais: defender uma posição política, negociar acordos, formar coalizões e, principalmente, aprender a ouvir e respeitar diferentes perspectivas.”
Experiência transformadora
Conhecer e conviver com pessoas de todos os continentes, trocar experiências, vivenciar diferentes culturas e criar laços de amizade. Para além do rigor acadêmico, Victória comenta que há um aspecto humano fascinante em participar desses eventos.
“O crescimento pessoal é imensurável. Tive a oportunidade de me conectar com jovens de todas as partes do mundo, cada um trazendo consigo uma bagagem cultural única, perspectivas distintas e histórias de vida que jamais esquecerei”, afirma.
Essa experiência contribuiu também para sua escolha profissional: “reforçou ainda mais minha paixão por argumentação e diplomacia. No Direito, encontrei um universo em que tudo isso se entrelaça, em que posso unir minha paixão por debate, meu amor pelo raciocínio estruturado e minha vontade incontrolável de impactar o mundo.”
Como tudo começou
Victória conta que sua jornada até as Simulações da ONU começou de maneira inusitada, com sua participação na IYPT Brasil, olimpíada científica que une os desafios da Física com debate. “Lá, tive a oportunidade de defender teorias, construir raciocínios lógicos e enfrentar argumentações afiadas de outras equipes. Foi uma das melhores experiências que o Objetivo me proporcionou”, destaca.
A aluna decidiu, então, levar seu interesse a novos patamares: o debate competitivo. Em 2024, foi campeã do Campeonato Nacional de Debates Escolares (CNDE), um dos maiores torneios de argumentação do Brasil, e vice-campeã do Campeonato Brasileiro de Debates (CBD). Victória também faz parte do time de debate da USP. “A paixão pela argumentação se tornou um pilar da minha vida, e foi ela que me levou às Simulações da ONU, as maiores do mundo”, afirma.
Victória faz um agradecimento especial ao Objetivo: “Desde que comecei minha trajetória acadêmica no Objetivo, fui agraciada por professores incríveis, que moldaram quem sou hoje, e agradeço também à diretora Malu. Cada um deles, com sua dedicação e paixão pelo ensino, me ajudou a construir o conhecimento e a confiança necessários para trilhar esse caminho.”
A base familiar também é um importante alicerce que sempre a faz ir além: “Se hoje estou aqui, lutando pelos meus objetivos e buscando o meu lugar no mundo, é porque meus pais, Henrique e Ivani, e meu irmão, Henrique, me ensinaram desde cedo que não existe sonho grande demais e que o estudo é a chave que abre todas as portas.”
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